PROJETO
CARÃO
SOBRE O PROJETO
ENSAIO CARÃO
SÉRIE "BEHIND-THE-FUNK"
CONTEÚDO RELACIONADO
um rosto do funk
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SOBRE O PROJETO CARÃO
“O Rio de Janeiro que continua lindo”, o “Rio de Janeiro que continua sendo”, o Rio do Samba e da Bossa Nova, Pixinguinha, Cartola, de Tom, Noel Rosa é também o Rio do Funk. Já há muito notado, a cidade
do Rio enquanto polo cultural brasileiro produz, reproduz e atualiza o carioca. Confere e admite aos seus indivíduos um lugar sob este título. Há vasto conteúdo na literatura e na música que nos conta e ensaia ao longo da história quem pode e quem não pode ser carioca. O que é e o que não é carioca por meio de rearranjos sociais em diversos espaços. Disputas simbólicas são sempre visíveis desde que o terno branco do sambista passou a dividir espaço com o visual pop do rítmo funk que começou a aparecer na década de 80. Novamente, reordenações são percebidas como uma espécie de pulsão social muito particular da cidade
do Rio. João do Rio, por exemplo, reconheceu no início do século um tipo de mulher que circulava em outros espaços: “A Musa das ruas, que ri dos grandes fatos e canta os seus amores pelas esquinas, nas noites
de luar, a Musa é a de todo um milhão de indivíduos” (RIO, 2008, p. 239). Nossas Musas atuais “dão pinta”, demonstram, em seus gestos, características atribuídas ao sexo oposto, ou seja, o homem não se importa
de parecer feminino e a mulher não se importa de parecer masculina, binários diluídos pelas compreensões de gênero atuais. Meninos usam leques nesses novos bailes, agrupados em vielas próximas às casas
de show, gesticulam e “mandam passinho”, “o samba no pé” do funk.
O Projeto Carão, através da produção de retratos, toma posição diante desse processo
de disputa simbólica. Apresentamos o rosto de pessoas LGBT que estão em espaços que julgam,
no hoje, lhes caber. Esse rosto, ou melhor o “carão”, se autoriza a fazer parte da cidade do Rio de Janeiro
em locais que antes não lhe era possível.
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ENSAIO CARÃO
SÉRIE "BEHIND-THE-FUNK: UM FUNK CARIOCA"
A série de imagens oferece o registrodos anos de 2014 à 2015 realizadasem regiões espremidas
entre o "morro e o asfalto" sob um tipo de funk diferente dos guetos da década de 80 e com influências
da música-pop americana. Um fenômeno híbrido onde há elementos indiciais do processo inicial
do surgimento do funk que se mantém, juntamente a novos rearranjos de espaço e lugar
na cidade do Rio de Janeiro.
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SÉRIE "BEHIND-THE-FUNK"
CONTEÚDO RELACIONADO
O vídeo ilustra os exemplos utilizados no artigo "PARA A PISTA,
VEM QUE AQUI É O MEU LUGAR,O FUNK CARIOCA E AS EXPERIÊNCIAS LGBTs" apresentado no GT de Música e Entretenimento ao XXVIII
Intercom Sudeste na UFRJ.
RESUMO:
"O texto oferece um exercício reflexivo sobre como as experiências
de pessoas LGBT encontraram seu espaço no funk carioca, uma vez
que, desde seu surgimento, o funk apresentou referenciais masculinos.
A análise faz um entrocamento no meio rádio, onde, através da bricolagem que articula elementos de observação participante
em torno do funk tocado na Rádio FM O Dia e duas coberturas fotográficas realizadas ao meio para os shows de Anitta e Valesca.
O texto expõe a incorporação de elementos da cultura pop no funk
das cantoras, aponta e discute a legitimação de novos
espaços e lugares onde o estilo musical se
configurou como um híbrido."
Por: PAULO, Rodolfo. RANNIERY, Thiago.
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